A Secretaria Municipal de Saúde, por meio de equipes de agentes de endemias e de saúde já inspecionou 26 mil imóveis em 133 bairros de Várzea Grande no combate aos criadouros e larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças dengue, Zika vírus e febre Chikungunya, desde janeiro quando o Plano de Contingência foi colocado em prática no município.

De acordo com o gerente do Centro de Zoonoses de Várzea Grande, Ivan Nilson Rondon Mendes o ‘Plano de Ação’, consiste no mapeamento da cidade por divisão de setores para atuação e dinamizar o trabalho das equipes de agentes de combate às endemias, para as visitas de casa em casa, além de ações de bloqueios químicos, de educação ambiental e de prevenção.

“Nos locais onde as visitas foram concluídas, que compreendem os setores três e quatro, os agentes vistoriaram 13.296 imóveis entre casas e comércios localizados em 70 bairros de Várzea Grande. Foram identificados 1.492 imóveis com focos do mosquito e aplicado tratamento com larvicida em 2.709 estabelecimentos, e 4.588 imóveis fechados nessas localidades”, informou Ivan Mendes.

As ações se intensificam ainda neste mês nos setores um e dois onde os dados parciais mostram que as equipes já inspecionaram 12.588 imóveis em 63 localidades. Até o momento, foram identificados 1.492 locais com focos do mosquito Aedes aegypti enquanto 2.563 reservatórios de água foram tratados com larvicida para impedir o nascimento do mosquito transmissor das doenças. Nos bairros já vistoriados os agentes já se depararam com 4.631 imóveis fechados, o que prejudica a realização da ação em 100% de imóveis a serem visitados. Porém essas residências são mapeadas e em momento oportuno há o retorno das equipes.

Os profissionais durante as inspeções verificam reservatórios de água, bem como recipientes descartados ou guardados de forma incorreta como garrafas, latas, vasos de plantas e até mesmo resíduos de lixo que acumulam água. Nos depósitos de água eles aplicam larvicida para eliminar as larvas do Aedes aegypti. Ao final da visita, orientam os moradores sobre as medidas que devem ser adotadas para eliminar esses criadouros.

“Concluímos no mês de janeiro visitas nos imóveis dos setores três e quatro. Agora começamos nos setores que englobam a região do Grande Cristo Rei e bairros como Jardim Aeroporto, Nova Várzea Grande, Ouro Verde e abrange também a região rural de Praia Grande e o bairro Novo Mato Grosso. As ações são desenvolvidas simultâneas nos dois setores. Cerca de 50 agentes e 10 supervisores fazem parte da equipe destes setores”, explica o gerente do Centro de Zoonoses de Várzea Grande.

A previsão é iniciar na segunda quinzena de março novas ações do Plano de Contingência que é a retirada do chamado lixo da dengue (entulhos, materiais velhos, sofás, utilitários descartáveis, entre outros), em parceria com as equipes das secretarias de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana e Viação, Obras e Urbanismo. 

Dados: Conforme o Sistema de Informações de Notificações e Agravos (Sinan), de 1º de janeiro até 20 de fevereiro de 2017 foram registrados em Várzea Grande 302 casos notificados de dengue, dos quais dois foram confirmados por exames laboratoriais. No mesmo período, houve 24 notificações de casos suspeitos de Zika vírus.

Já a febre Chikungunya foram registrados 292 casos suspeitos. Desse total, 19 já confirmados laboratorialmente, outros 83 já descartados com base em sinais clínicos e epidemiológicos enquanto outros 190 estão aguardando resultados laboratoriais. Com relação aos casos de Chikungunya os registros apontam que são provenientes de várias regiões de Várzea Grande a exemplo dos bairros Marajoara, Nossa Senhora da Guia, Parque do Lago, Capão Grande, Hélio Ponce de Arruda entre outras localidades.

Cuidados e orientações - A principal dica dos profissionais da saúde aos moradores continua sendo redobrar os cuidados com a limpeza de caixas d’água, piscinas, calhas de telhados e pratos de vasos de plantas. É preciso cuidado também com os quintais das casas para mantê-los limpos e sem lixo.

O alerta também se estende para quem vai viajar e deixar os imóveis fechados nesse período chuvoso. Qualquer recipiente com água, mesmo que em pequena quantidade, pode se tornar um criadouro do Aedes aegypti.