As obras para construção do sistema público de esgotamento sanitário de Várzea Grande passaram a ganhar mais ritmo com o fim do período chuvoso e a intervenção de máquinas e trabalhadores começa a desenhar a primeira lagoa de tratamento do projeto. As obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) fazem parte da terceira fase de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e ocupa uma área de 8 hectares no bairro Santa Maria II.

Para a ETE serão aplicados R$ 85 milhões, atendendo 49 bairros da cidade, bairros esses pertencentes à sub-bacia 2 e 5, beneficiando locais como o próprio Santa Maria, Capela do Piçarrão e ainda os localizados na região do aeroporto.

O assessor especial da prefeitura de Várzea Grande para o PAC, Manoel Tereza dos Santos, esteve avaliando, in loco, o atual cronograma das obras. Como explicou, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) terá duas elevatórias. Fazem parte desse projeto ainda, a construção de outras 10 elevatórias e redes para atendimento específico aos 49 bairros que integram a sub-bacia 2.

Esse aporte integra o total de R$ 500 milhões do PAC que serão investidos nos próximos anos e vão elevar o tratamento e a distribuição de água potável e atingir 75% de tratamento de esgoto. Como pontua a prefeita Lucimar Sacre de Campos, metade do PAC está em plena execução em Várzea Grande, com a primeira etapa iniciada em maio de 2016 e já concluída no Grande Parque do Lago e a segunda etapa levando obras estruturais para outros três bairros da cidade, como as do jardim Ikaray, recentemente entregue. “São obras de grande vulto, de grande envergadura sob o aspecto de infraestrutura e de alcance incomensurável se levarmos em conta o benefício social, econômico e ambiental que essa estação de tratamento de esgoto trará para cada várzea-grandense diretamente impactado pela obra”. Como reforçou a prefeita, essa fase do PAC contempla a maior fatia dos recursos a serem aplicados nos próximos anos. “Obras que nenhuma outra gestão se dispôs a fazer porque são investimentos pouco valorizados, mas essenciais para uma cidade que quer se desenvolver de forma sustentável e maneira estruturante”.

A prefeita lembrou que além da qualidade de vida que irá melhorar em termos de saúde pública, essas obras valorizam a cidade e os imóveis.

Essa terceira etapa contempla obras de esgotamento sanitário e ampliação do sistema de abastecimento de água, sendo que para este último, a prefeitura ainda aguarda liberação do Ministério das Cidades. “Demos mais um importante passo na consolidação estrutural de Várzea Grande, que entre as metas, quer recuperar a malha viária e levar pavimentação para os bairros mais distantes do Centro, e principalmente, universalizar a oferta de água potável e ampliar de 30% para mais de 75% o volume de coleta e tratamento de esgoto. Essas obras vão melhorar a qualidade de vida da população, especialmente, em relação à saúde”.

Em todo o mundo, cerca de três em cada 10 pessoas (2,1 bilhões) não têm acesso a água potável e disponível em casa e seis em cada 10, ou 4,5 bilhões, carecem de saneamento seguro, de acordo com relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

O relatório do Programa de Monitoramento Conjunto (JMP, na sigla em inglês), Progress on drinking water, sanitation and hygiene: 2017 update and Sustainable Development Goal baselines, apresenta a primeira avaliação global dos serviços de água potável e saneamento com gestão segura. A conclusão é que muitas pessoas ainda não têm esse acesso, sobretudo em zonas rurais.

Como resultado, todos os anos 361 mil crianças com menos de cinco anos morrem devido à diarreia. O saneamento deficiente e a água contaminada também estão ligados à transmissão de doenças como cólera, disenteria, hepatite A e febre tifoide.

A retomada do PAC – cujos primeiros projetos foram aprovados em 2007 – foi prioridade da atual gestão e desde 2015 os projetos passaram a ser realidade e estão sendo concretizados em várias regiões da cidade.

Sobre o aspecto econômico das obras, a prefeita lembrou que mais de 70 frentes de trabalho estão gerando algo em torno de 5 mil postos de trabalho, em Várzea Grande. “Fazemos o que parece impossível em anos de economia recessiva: investimos recursos próprios, atraímos investimentos do Estado e da União e ainda fomentamos a geração de emprego e renda”.

BAIRROS CONTEMPLADOS: Santa Maria, Colinas Verdejantes, Campo Verde, Cohab 15 de Maio, Vitória Régia, Capela do Piçarrão, Vila Operária, Monte Castello, Cohab Primavera, Santa Cecília, São Simão, Ouro Verde, Residencial Miguel Lanna, Parque Del Rey, Ouro Branco, Portal da Amazônia, Residencial Desembargador Ataíde Monteiro da Silva, Residencial Paulo Leite, Residencial São Gonçalo, Nova Era, Jardim Ikaray, Novo Horizonte, Cohab Nossa Senhora da Guia, Nova Várzea Grande, Frutal de Minas, Jardim Paula II, Vila São João, Cohab Canellas, Nova Fronteira, Parque Paiaguás, Água Vermelha, Jardim Paula I, Jardim Marajoara I, Jardim Marajoara II, Jardim Itororó, Estrela D’Alva, Residencial Lucimar, Residencial Karla Renata, São Mateus, Parque Atlântico, Cohab Santa Izabel, Cohab Asa Branca, Cohab Asa Bela, Cohab Paulo Renato Santos, Cohab Ataíde Ferreira Silva, Cohab Alice Gonçalves Campos, Cidade de Deus, Jardim Eldorado.

HISTÓRICO - A primeira fase do PAC foi lançada na região do Grande Parque do Lago beneficiando os bairros Parque São João, Jardim das Oliveiras, Altos do Boa Vista e Dom Diego com obras orçadas em R$ 10,5 milhões e totalizando 16 quilômetros de asfalto novo.

A segunda fase do PAC abrange os bairros Frutal de Minas, Jardim Ikaray (já concluído e entregue) e Nova Era, com projeto orçado em R$ 10 milhões. 

Todos os bairros, tanto da primeira como da segunda fase receberam obras de esgotamento sanitário, drenagem, ampliação da rede de água e asfalto.