A secretaria municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, instituiu por Lei a coleta seletiva de óleo de cozinha usado nas unidades escolares da rede pública e particular de Várzea Grande, por força da Lei municipal 4.466/2019, promulgada em 13 de junho de 2019.

Para fazer valer a Lei foi criado o Projeto de Coleta de Óleo de Cozinha a ser desenvolvido nas unidades escolares de Várzea Grande. Inicialmente 14 escolas vão desenvolver o projeto Levo. Além da coleta que será feita nas escolas, os alunos também poderão trazer óleo usado de suas casas para o ponto de coleta.

O projeto será realizado em parceria com a empresa Teoria Verde e a BIOMAVI, com ações de educação ambiental e coleta em recipientes de 50 litros. Nas residências os alunos devem acondicionar o óleo usado em garrafas pets e em dia determinado levarão o produto para a escola que o armazenará. A lei prevê um retorno financeiro para escola que o destinará de acordo com as deliberações do conselho escolar. A empresa coletora destinará 30% do valor vendido pelo produto a indústria de biodiesel, para a escola, que deve investir em melhorias na própria unidade escolar, tanto na aquisição de equipamentos ou melhoria na ambiência escolar .

De acordo com a equipe da Educação Ambiental da Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, cada litro de óleo pode contaminar até 25 mil litros de água. Isso porque suas substâncias não se dissolvem na água e, quando despejadas nos cursos d'água, causam descontrole do oxigênio e a mortalidade de peixes e outras espécies. Em contato com o solo, há contaminação, mais sujeira e poluição.

“Ao despejar o óleo de cozinha usado na pia, vaso sanitário ou ralo, o resíduo acumula-se nas paredes dos canos e retém outros materiais que passam pelo local. Além de entupimentos, haverá o ‘infarto’ do sistema de esgoto com sérios problemas para manutenção das redes e custos mais altos para fazer consertos e reparos. Os custos do tratamento de água também aumentam e a solução está na consciência e reciclagem do óleo”, alertou o coordenador da Educação Ambiental da Educação, Vagner César Barros.

As escolas que estarão participando do projeto piloto são as EMEB’s Apolônio Frutuoso da Silva, Salvelina Ferreira da Silva, Juvenília Monteiro de Oliveira, Irenice Godoy de Campos Silva, Rita Auxiliadora de Campos, Eliza Maria da Silva, Lenine Póvoas de Campos, Vereador Zeno de Oliveira, Maria de Lourdes Toledo Areias, Ary Leite de Campos, Profº Paulo Freire, Mamed Untar, Júlio Domingos de Campos e Honorato Pedroso de Barros.