Servidores municipais de Várzea Grande iniciaram a semana recebendo as benções de São Sebastião. Na manhã de hoje (21), festeiros e devotos do santo iniciaram a jornada da bandeira pela cidade. A passagem da bandeira pelo Paço Municipal foi recepcionada e acompanhada pela prefeita Lucimar Sacre de Campos, secretários municipais e servidores.

A passagem da bandeira abriu os festejos em devoção ao santo, por meio da 35ª festa de São Sebastião, que segue até o dia 26 de janeiro, próximo Domingo. Acompanharam a passagem da bandeira no gabinete municipal os padres Marcos Daniel Pereira e diácono Felipe Santos e os festeiros que são rei e rainha dessa edição da festa.

Dia 20 de janeiro é dia do santo, considerando um santo forte, batalhador e guerreiro. “O santo é uma fortaleza e reflete tudo aquilo que nós precisamos nos tempos atuais, de muitas lutas e transformações que desejamos para a nossa cidade, e com muita fé em Deus e nos santos conseguimos empregar e desenvolver nossos objetivos e metas, por uma cidade melhor para todos. Esta é minha missão dada por Deus. Acredito em tempos melhores para a nossa cidade, com crescimento socioeconômico”, disse a prefeita Lucimar.

Durante a passagem da bandeira pelo gabinete da prefeita Lucimar, o padre Marcos Daniel fez questão de destacar os méritos de São Sebastião que nunca deixou de ser um cristão convicto e ativo. Fazia de tudo para ajudar os irmãos na fé, procurando revelar o Deus verdadeiro. “Na Fé de Deus é que impera as nossas vidas, somos seres movidos pela Fé, o exemplo de São Sebastião é seguido por milhares de cristãos, que são devotos a este santo, de fé incomensurável”.

A bandeira passou de sala em sala e foi abençoando cada servidor devoto do santo ou da fé católica. Durante este período da passagem da bandeira, os grupos saem em jornada, a pé, batendo na porta das casas e estabelecimentos da cidade aos sons de instrumentos musicais e apresentam a bandeira do santo cristão ao som de cantos e versos tradicionais, até o dia da grande festa no dia 26 de janeiro, que inicia desde as 6:30 horas da manhã, com a Santa Missa, seguida as 9 h de procissão, e após o almoço em confraternização, com churrasco, música ao vivo e sorteios.

HISTÓRICO – O nome São Sebastião deriva do grego sebastós, que significa divino. Originário de Narbonne, e cidadão de Milão, foi um mártir e santo cristão, morto durante perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano.

São Sebastião nunca deixou de ser um cristão convicto e ativo. Fazia de tudo para ajudar os irmãos na fé, procurando revelar o Deus verdadeiro aos soldados e aos prisioneiros. Secretamente, Sebastião conseguiu converter muitos pagãos ao cristianismo. Até mesmo o governador de Roma, Cromácio, e seu filho, Tibúrcio, foram convertidos por ele.

Sebastião foi denunciado, pois estava contrariando o seu dever de oficial da lei. Teve, então, que comparecer ante o imperador para dar satisfações sobre o seu procedimento. O imperador se queixou de que tinha confiado nele, esperava dele uma brilhante carreira e a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos era inaceitável. Portanto, o imperador o julgou como traidor e ordenou a sua execução por meio de flechas e mesmo assim, não negou a sua fé.

Amarrado a um tronco, foi varado por flechas, na presença da guarda pretoriana. Foi dado como morto e atirado no rio, porém, Sebastião não havia falecido. Encontrado e socorrido por uma viúva chamada Irene (futura Santa Irene) que retirou as flechas do peito de Sebastião e o tratou.

Assim que se recuperou, demonstrando muita coragem, se apresentou novamente diante do Imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusando-o de inimigo do Estado. Perplexo com tamanha ousadia, Diocleciano ordenou que os guardas o açoitassem até a morte. O fato ocorreu no dia 20 de janeiro de 288, por isso comemoramos seu dia nesta data. Acabou sendo morto transpassado por uma lança. São Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média, designadamente nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa.