
Pela segunda vez, a prefeita Flávia Moretti, participou da reunião e reforçou todo empenho de sua gestão para fazer valer ações que transformem realidades e tragam o suporte, acolhimento e orientação que essas mães precisam
O pátio lateral do Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) ‘Apolônio Frutuoso da Silva’, foi palco, na tarde do último sábado (17), do quarto encontro do Movimento Famílias Atípicas PCD´S, reunindo mães e crianças neurodivergentes de Várzea Grande, em um momento marcado por afeto, acolhimento e troca de experiências.
O encontro proporcionou atividades de confraternização, brincadeiras e um momento de comunhão entre mães e filhos, promovendo um ambiente leve e acolhedor para famílias que, muitas vezes, enfrentam suas lutas de forma solitária.
A prefeita Flávia Moretti (PL) esteve presente, pela segunda vez a uma reunião do Movimento Famílias Atípicas, e destacou a importância de iniciativas como essa. “Desenvolver um encontro como esse é promover solidariedade. As mães atípicas, em sua maioria, enfrentam uma jornada solitária, carente de apoio emocional e afetivo. Um momento como este transforma a maternidade em algo um pouco mais leve”, declarou a gestora.
Dina Pizza, conhecida como missionaria Dina e idealizadora do movimento, começou o encontro lembrando a história das irmãs Marta e Maria, onde uma ficou aos pés de Jesus ouvindo o que ele tinha a dizer, enquanto outra estava atarantada arrumando o almoço da comitiva. “Muitas vezes, nós mães estamos como Marta, preocupada com os nossos afazeres e esquecemos de nos aquietar, como assim fez Maria, e deixar Deus falar ao nosso coração e nos instruir.
“Sei na pele o quanto é difícil conseguir tratamento adequado, acompanhamento médico e atenção do poder público para nossas crianças. Por isso, esse movimento tem um papel essencial na vida das famílias atípicas”, afirmou.
Gislene Kelly de Magalhães, mãe de dois filhos, sendo o mais velho, de 20 anos, diagnosticado com autismo desde os seus 7 anos, conta que a sua trajetória foi de muita luta e superação. “Busquei por conta própria terapias e acompanhamento, mesmo com todas as dificuldades. Hoje, meu filho faz faculdade na área de tecnologia, já participou de competições paralímpicas e conquistou várias medalhas. “As terapias que fui atrás, lutei e batalhei”, contou, emocionada. Ela inda vê o movimento como uma porta de acesso à informação, à saúde e ao fortalecimento da caminhada.
O encontro contou com a presença do vereador Samir Katumata (PL) e sua esposa, e líderes de entidades filantrópicas que abraçaram a causa do Movimento das Mães Atípicas. Para o vereador, “É importante criar políticas públicas voltadas à inclusão, ao cuidado integral e à valorização das famílias atípicas, criando redes de apoio que fortalecem mães, pais e cuidadores que lutam por mais dignidade e respeito para seus filhos neurodivergentes”, comentou.
AÇÕES INÉDITAS – No começo deste mês, a prefeita anunciou a criação de um Centro Integrado de atendimento às pessoas neurodivergentes e com Deficiência (PCD). O local deverá realizar diversos atendimentos: fonoaudiológico, neurológico, terapêutico, social, psicológico, emissão de laudos, entre outros.
O espaço será pioneiro para emissão de laudos dentro do Município e mais uma iniciativa sem precedentes e vai se tornando um marco da atual gestão. “Esta foi uma das propostas que fizemos durante a campanha e vamos cumprir. Nossa missão é fazer transformarmos Várzea Grande em uma cidade mais acessível e acolhedora às pessoas com deficiência, como também aos neurodivergentes”, afirmou Moretti.
Em abril, a prefeitura lançou a campanha de conscientização sobre o autismo e um inédito censo para mapear todas as pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes no Município para conhecer a real demanda para a implementação de políticas públicas efetivas.
Como pontua a prefeita, muitas famílias não sabem onde procurar apoio, e o próprio poder público também desconhece a demanda exata. “Por isso, estamos dando o primeiro passo com esse censo: conhecer para incluir".