A Prefeitura Municipal de Várzea Grande realizou, na manhã de 16 de dezembro, a entrega de certificação de formação para alunos da Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Alino Ferreira da Silva, localizada no bairro Maringá, que participaram do projeto Cyber E-Dux - Pequenos Heróis com Drones.
Ao todo, 60 alunos do período vespertino participaram da iniciativa, que teve como foco a utilização de drones para a coleta de dados e identificação de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Durante o evento, os próprios estudantes apresentaram o trabalho realizado, incluindo a captação e análise das imagens aéreas.
O projeto foi coordenado pelo professor Fábio Júnior Sena e ocorreu no período de 13 de outubro a 25 de novembro, com carga horária aérea de 20 horas. Os alunos foram organizados em cinco turmas, com grupos de trabalho estruturados por funções: piloto do drone, observador de segurança (responsável por monitorar obstáculos e circulação de pessoas), analista de imagens (identificação de pontos suspeitos), documentarista (registro fotográfico) e registrador (preenchimento das fichas de campo).
As atividades práticas foram realizadas às segundas e terças-feiras, com duração média de três horas por grupo. Antes de cada voo, os alunos passavam por uma revisão de segurança. Após a captação das imagens, eram feitas análises detalhadas, discussões em grupo e preenchimento dos relatórios técnicos.
Durante o trabalho de campo, os estudantes identificaram quatro tipos principais de criadouros, como pneus, calhas entupidas, caixas d’água destampadas, pratos de vasos de plantas, piscinas sem tratamento, esgoto a céu aberto e terrenos baldios com entulhos. No total, foram registradas 15 imagens, com tempo de voo acumulado de 44 minutos.
No relatório final, os alunos também apresentaram recomendações para a unidade escolar, como a realização de vistorias semanais nas áreas externas da escola e a promoção de campanhas educativas voltadas às famílias, reforçando a prevenção e o combate ao mosquito.
O projeto atingiu todos os objetivos propostos, permitindo que os alunos aplicassem, na prática, os conhecimentos adquiridos ao longo das 20 horas de formação, além de fortalecer o senso de responsabilidade social e ambiental.
Na oportunidade, a bióloga do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Thayse Oliveira, participou de um bate-papo com os alunos, abordando a importância da limpeza dos quintais e dos cuidados com recipientes que acumulam água. Ela explicou que o ciclo completo do mosquito leva 10 dias, Entre as fases de ovo, larva, pupa e mosquito adulto e desde o contato do ovo com a água até o surgimento da larva, destacando que é mais eficaz eliminar os focos e as larvas do que combater o mosquito já na fase adulta.
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Também foram distribuídos folhetos orientativos, e a bióloga reforçou que doenças como dengue, chikungunya e zika podem evoluir para óbito caso não haja diagnóstico e tratamento adequados dentro do prazo correto após o início dos sintomas.
Para Carlos Valadares, “a iniciativa é fundamental por despertar nas crianças um olhar atento para os acúmulos de objetos e possíveis focos do mosquito”, disse. Segundo ele, o relatório produzido pelos alunos contribui para ampliar a atenção sobre o bairro e incentiva os estudantes a atuarem como agentes multiplicadores de conhecimento e informação, auxiliando na redução dos índices de proliferação do Aedes aegypti.
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